segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ao Contrário De Você.

Eu sempre penso em estar tão sozinho
Mas sozinho nunca ninguém está
E logo, sinto um vago vazio
Que me acorda pro mundo de cá
Mas logo a dor me atrai pra'um martírio
Que me desanda pro lado de lá
E novamente me vejo sozinho
Deteriorando-me por não amar
E a paixão me vendo de cantinho
Logo, pediu uma chícara de chá
Se acomodando em meu mar de onírio
Convidando-a então, para entrar
Mas percebo logo o teu charme ofício
Que encanta os pobres só por encantar
Só que depois já virou um vício
Um breve homicídio do meu bem estar
Você foi emborora sem deixar vestígios
Levando meus sentidos num breve piscar.

E eu já te disse que as coisas lá fora
Não são tão parecidas como quem se vê
Entorpecidamente está a sua memória
Agora, se consegue, não quer perceber.

Parece mesmo que estas decidido
Que a sua mente estas a perecer
Nos mármores da ignorância e absolvido
Por males da infância que habitam teu ser.

Mas devo te dizer que devo um obrigado
Por ter tocado minha tristeza outra vez
Pois agora sei que o mundo é ordinário
E que a vida é ingrata com meu conviver.

Não posso te dizer onde estão as saídas
Mas pelas avenidas encontro o meu ser
Caído em solidão, em meio às bebidas
Pela bela boêmia de cada entardecer.

E ao amanhecer, sopro a vida
Com despreguiça, levanto-me
Quero ver o dia, quero querer ver
Sempre, em minha sina
Ao contrário de você.

Assis, Giovane.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Deixe o Tempo Passar.

Dizem que nada vai dar certo, e que você nunca vai conseguir
Dizem que tudo o começa não termina, e que é sempre assim
Erra agora, e erra ali, erra sempre, e denovo a seguir
Mas relaxe meu amigo, é só ter paciência
A vida é bela, então por isso, siga a sorrir, felicidade não tem concorrência
Porque cada um corre atrás da sua, e enfim, todos temos recompensa.

Olhe pra aquele velho moribundo ali
Sinta a velhice no decorrer do tempo
Em tudo que existe, de tudo que me lembro
A prova viva de que a vida é breve
Olhe aquele menino já rebelde, já não me reconhece
Já tem quase meu tamanho, peguei até no colo
Agora já malandro, já não vai mais pra creche
Já começou andar em bando, de carteira e cpf.

Ah! Como o tempo passa
Ah! Como o tempo passou
Ah! E o tempo passa
E a gente nem fitou.

E com o tempo, vão-se todas as flores, e vão as ruas, e as pessoas
Vão todos atos e todos rumores, até a água pura, até as coisas boas
Mas também vão as coisas ruins, que passam por mim, e passam por você, e voa
Como um ar contaminado de problemas, de respostas, e enfim, aquele sinal soa
Dentro da sua mente, é a sua percepção, te avisando pra viver o agora
E se esquecer que existe um fim, e viver o seu espaço, nem se preocupar com horas.

É como se esquecer que existem as mentiras, e acreditar em todas elas
É como adormecer na casa do inimigo, e receber café na cama
É como lorotas, como as fofocas, que sempre acabam em cana
Porque a verdade prevalece, pra cada um que se conhece, e que se ama.

Ah! Deixe o tempo passar
Ah! É só você o seguir
Ah! Deixe o tempo levar
Pra onde você decidir.

Assis, Giovane.