sexta-feira, 9 de março de 2012

Com vida própria, a paixão me vem... Logo, morre... Num caminho estreito, entre o desapego, e o esquecimento.

Suspiro Breve.

Mas que pena, faço apelo
Pra noite acesa, em que bocejo
No aconchego, trago o suspiro
Perco o sentido, no travesseiro...
Mas estou vivo
Sonho ligeiro.

E que venha o dia, com suas cores
Sussurro a vida, e teus sabores
Os meus amores, minhas feridas
Voltando ativa, à cada hoje
Mas deixo as dores
Pras coisas frias.

Assis, Giovane.

...

Vago estarei,
Vago,
Vá,
Go!

Assis, Giovane

Minha Plateia.

Da plateia, eu assisto...
O que existo, mas devora!
Que aconteço! Que me visto!
Agradeço, e vou embora.

Canto às margens da ferida
Do passado de rancores
Canto amargo nos sabores
Das belezas desta vida.

Assis, Giovane.

Farto Fado.

Escarro dores neste prato
Que tu fizestes para mim
Com farto luxo de meu fado
Vomito agora, em teu marfim.

Assis, Giovane.

Trilhos Sem Trens.

Passando a ponte, olho a luz
Que me reflete, e me conduz
Tais nestes trilhos vagos
Na vasta estrada, solidão
Só a fumaça deste cigarro
Que me preenche, a escuridão
Nesta fadiga, do meu escasso
Nesta birraga em meu pulmão
Me auto-destruo no embaraço
E me refaço, sem ter razão.
Atento às valas deste mundo
Me encontro numas, no futuro
Que me assanha logo ali.

Assis, Giovane.

No Submundo às 5:00.

O submundo, a boêmia, farta
A decadência, coisa fria, que afaga...
As "putas" almejam minha prata
Nego sem jeito, nem palavra.

Assis, Giovane.