domingo, 27 de novembro de 2011

Delira-me.

Eu quero ver o meu amor voltar
De um passado que eu não vi passar
Eu quero ver, ela voltar.

Por entre os laços que se desfizeram
Por medos, erros, que um dia te puseram
Onde eu não podia alcançar.

Acho que estou delirando por ti
Pena que essa brisa hora ou outra vai passar
E talvez, não volte mais
Então me deixa aproveitar
Um breve instante da sua paz
Que me leva pro melhor lugar
Onde nem eu mesmo sei explicar.

Quero abrir os olhos só pra ver o teu olhar
Diante dos teus olhos eu não posso interpretar
Mais nada, além de mim.

Sinto-me tão bem, espero nunca acabar
O meu eu em você, o seu ser, meu estar
Agora, não pense no fim...

Deixe que a vida peça a conta pra zarpar
Não pense nas ruínas que se encontram em seu lar
Pois sempre, sempre será assim.

Não importe o quanto lute
Sempre cai pra levantar
Mas essa é a charada
Só não pode demorar
Pois o tempo, não para pra si.

Assis, Giovane.

Por Todo Céu.

Mas que sabedoria
Não vejo todo dia
Uma garota assim
Quem saiba seja minha.

No início foi tão fria
Logo, amoleceu
Percebeu que eu poderia
Enfim, ser teu "Romeu".

Mas as vezes essas formas de malícia
Que se espalham pelas missas de mulheres que se dão
À um pequeno amor...
Mas deixo claro, coloco a minha cara explícita
Com rimas que entrelaçam decorando sua dor.

"Como te enganas, meu amor é chama
Que se alimenta, no voraz segredo
E se te fujo, é que te adoro louco
Es bela - eu moço
Tens amor - eu medo."

Quebra-me a rotina
Às margens da vida
Da qual não mais valia
Da qual não mais havia mel.

Desperta-me poesia
Gravo-te em tintas
Nas telas, belas linhas
Que durará por todo céu.

Assis, Giovane.

Baião "La Libertad".

Eu quero ver o mal se afogar
Nestas marés de amor e paz
Eu quero ver o amor manifestar
A poesia que ele nos tras.

Quero aprender o caminho para o céu
Mas que céu é este? Diga-me irmão?
Que céu é este? Tantos outros há ao léu
Porque neste céu, só vejo bicho e avião.

A chuva que chega chora
O sol querendo sorrir
O vento que chega, assopra
O tempo que está por vir
Espero que vá embora
Os males que a zumbir
A alma de quem implora
E esquece de existir
Não sabe se é dentro ou fora
Que está sua cicatriz
Espero que encontre logo
O remédio pra ser feliz.

Estou entre irmãos, não tenho o que me preocupar
Pois aonde vou, sempre tem um pra me salvar
Quem não tem culhões, é um covarde sem ciência
Que usa palavrões, e usa sempre a violência
Mas digo pra você que sua vida é passageira
Ninguém vai se lembra, será varrido com a sujeira
E se os ematômas do ego não cicatrizar
É porque bem lá no fundo, você sabe se amar.

Me põe na cama, me leve, para o seu lar
Me dê o drama, carregue, tudo pro altar
Saia da lama, rupestre, é só se polarizar
Sente a trama, apresse o metaforizar.

Assis, Giovane.

Algo Mais Que o Verbo "Ter".

Eu quero te mostrar o que você nunca viu
Eu quero te levar pra onde você nunca foi
Eu quero te mostrar como o meu mundo é febril
Diante das promessas que ficaram pra depois.

E agora, o que irá fazer?
Perder a memória, ou se perfazer?
Se perfazer em glória? Que glória há em perder?
E a minha percepção me diz, quando ao te ver
Que nada daquilo foi em vão, e que ainda resta um vago querer.

Você não concorda, e vai buscar prazer
No que te encomoda, e que te tras lucidez
Em versos, frases, vídeos, fotos, na frente do computador
Sem nexo, sexo frágil inrustido em seu interior.

Você vem e chora, eu cuido de você
Você vai embora, sem eu perceber...mas...
Que paixão simplória! Destas de TV!
Que sempre explora o meu surpreender
Quando nestas horas, me vejo tão demodê.

Mas que droga, o que vou dizer?
Desta história...resta-me esquecer
Se discorda, mostre-me uma vez
Sem discórdia, algo mais que o verbo ter.

Assis, Giovane.