quarta-feira, 27 de julho de 2011

-Não fique triste meu amor!
"Que absurdo, ver teus olhos moribundos
Enxarcados de sussuros vagabundos
Que te dizem para amar
Todo homem que não deve ser amado
Cada mulher: Um cigarro.
Cada beijo: Um trago.
E como cada bituca no chão,
Estas você, sussurada nos becos da paixão."

O amor existe num futuro bem distante do fim
O ápse de tudo em um todo
Apocalíptico talvez, tampouco,
Apropriado pra mim.

E lá vai ela novamente encontrar um novo amor
Se exaltar nos teus instantes de carência e de rancor
Será que ela vai se dar bem?
Talvez no ano que vem
E já não importa mais também
Já que não olhas mais pra mim
Já que não olhas pra ninguém.

Se convém com tuas vertigens, fantasias, platonismo
Se conforta com teus versos, dialetos, conformismo
Se importa com teus credos, afetos, discos e livros.
Eu entendo os teus princípios
Conheço o teu vício
De sempre amar errado
Mas todo coração um dia deve ser cicatrizado
Guardado, tratado, cuidado
Com sapiência de um sábio.

sábado, 16 de julho de 2011

O Conto Do Poeta.

Trancafiado dentro de quatro paredes
Ele cortava a pele feito pão
Destribuindo teus sorrisos descontentes
Tomando doses de alcatrão
As vezes se via por aí...
Sempre olhando para o chão
Quando parava, sentava em uma praça
Com a sua amiga solidão
E quando não ele acendia um cigarro
E um baseado pra aliviar a pressão
E refletia sobre a vida de escasso
O embaraço de uma vida sem paixão
E levantava e ia andando sem uma meta
Se perguntando se existia uma razão
Comendo a lua com teus olhos de poeta
Sacando tudo como: Olhos de um cristão.
E concluia que sua vida era uma merda
E caia novamente em depressão.

Trancafiado dentro de quatro paredes
Denovo estava ele com a faca em suas mãos
Abrindo os pulsos como se abrem os peixes
E os teus olhos demonstravam perdição
De uma mente num estado decadente
De pura lucidez e alto conformação
Porque sabia da atitude inconsequente
E prepotente aos olhos da razão.

Mas derrepente, um telefone insolente
Tocou seu consciente e também seu coração
Já que ninguém ligava mais pra ele
Nestes dias frios de verão
Mas decidiu esperar tocar mais vezes
E o telefone se calou em solidão
E por intantes confirmou o que estava em mente:
- Eu tinha razão, pura enganação!
Mas de insolente se tornou meio insistente
E ele não aguentou e foi naquela direção
E por acaso, destino e outras vertentes
Era uma grande e antiga paixão
Surpreso sem saber o que fazer
Pegou toalhas e limpou as suas mãos
Avermelhadas com o tal licor da vida
Que de tanta ferida se tornou escuridão
Enrolou tudo em teus pulsos que havia
Um sentimento mútuo com sua degradação
E atendestes com aquela voz fria
Que de tão fria congelou a ligação
Um balde de água fria na malícia do perdão
Que acordou todo arrependimento
De todo sofrimento que havia sido em vão
Se lembrando dos momentos de alegria
Ao lado de sua querida e de seu querido cão
Que pra ajudar no meio deste furacão
Foi envenenado e jogado no lixão
Mas derrepente, no meio do silêncio
Ela solta um olá! Que veio como um "surdão"
Bem inocente com um ar doce de saudade
Sexualidade com um charme de tesão
Inconsequente com um ar adolescente
Foi recitando poesias, afim de tocar seu coração
Dizendo sempre o que ela queria
Ouvir, pensar, sentir, e certidão...
De um casamento que citou em seu refrão
Que dizia bem assim: "- Casa comigo meu amor
Minha querida, acaba com minha agonia
Seja meu calor, meu ópio, minha fantasia
De um amor honesto como poesia."
E logo em seguida marcou um encontro
Sem mesmo ouvir o que ela tinha a dizer:
"- Vamos nos reencontrar, no mesmo ponto,
No mesmo lugar, naquele monte, que há uma pedra,
Onde namorávamos ao luar, ao som do meu violão,
Ao cheiro natural no ar, aos beijos de paixão,
Das carícias de amar, aos sussurros de perdição,
Das palavras de sonhar.

... (Continua)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Será.

Será que tudo vai se ajeitar
Depois das 6 da manhã
Quando o sol chegar?

Será que essa dor vai passar
Por aí também nesse inverno?
Talvez não passará

Será que o meu amor vai chegar
Pra me dizer o que eu quero ouvir?
E me cuidar, me destrair...

Dos males do mundo
Das dores da vida
Tirar-me do escuro
Curar-me as feridas
Com planos de futuro
Promessas de conquistas
E me deixar seguro
Mostrando-me as saídas.

Será, o que será de mim?
Será, o que será de nós enfim?

Fico com medo quando te vejo na rua
Com esses teus traços que parecem pintura
Quando percebo, já estou perto da lua
E não posso mais voltar.

Pode até parecer uma breve loucura
Ou uma bobagem perto da realidade núa
Mas uma paixão não deve ter nenhuma cura
Pois não tem o que curar.

Se um sentimento bom assim te dá "gastura"
Babe, eu lamento, pois pra mim vira até música
Se ser romântico não é boa postura
O que é que tem eu me expressar?

Assis, Giovane.

Ah! Se Eu Soubesse...

Ah! Se eu soubesse dos segredos da vida
Tudo seria tão fácil. Tudo seria tão óbvio. Tudo seria tão chato.

Ah! Que graça teria
Se todos entendessem o poeta
Se todos soubessem do que ele dizia
Se cada um fosse seu próprio profeta.

Ah! Se eu soubesse da vida
Ah! Se eu soubesse de tudo
Quem vai dobrar a esquina
Quem tá do outro lado do muro.

A poesia existe pra ser sentida, pra ser vivida, não basta apenas ouvir, como não basta apenas sonhar, tem que lutar pra conseguir, tem que rir pra não chorar, tem que chorar pra não mentir, tem que cair pra levantar, tem que parar e refletir, tem que trair pra machucar, se desabar pra reconstruir, se despedir pra depois amar, se desculpar para evoluir.

Olhe pro mundo com a coragem de um cego
Diga à eles com a convicção de um mudo
Sinta a felicidade de quem não tem um teto
E o desgosto de quem tem absurdo.

Corra pelo certo e verás, dará tudo certo, é tão fácil seguir as regras, é tão fácil mudar o mundo, não adianta organizar protestos, que com o qual só promove tumultos.
Se ame e esteje sempre por perto de quem te ama mesmo à cada segundo,
Já que cada segundo que passa vai direto para o nosso breve futuro
Que passa despercebido, que passa quieto
Pelos nossos olhos metafóricos que veêm tudo. Ou quase nada.

Assis, Giovane.