quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Brinde Ao Encontro D'almas.

E enquanto destilavas a poesia
Deleitei-me de insônia
Tu pensavas que eu dormia
E eu pensava em ti na cama
Onde estavas teu divino
Divino canto jus ao signo
Que entrelaça agora ao meu
Canto nobre em teus ouvidos.

E eu vi que mordiscava tua boca
Qual será a vontade louca
Que estas a me pensar.
E eu vi, não era pouca
Platonismo em cor fosca
Me fez recuar.

Meu solo é teu, aqui e agora
Se percebeu, perceba a hora
Chegou o adeus, eu vou embora
Mas não acaba aqui. E não acaba assim.

E está tormenta me assombra
Mais aumenta a tua sombra
Areja-me.
Me faz perder a conta
De quantas taças eu bebi
Pois da mesma garrafa
Acompanhou-me
“Num brinde ao encontro d’almas.”

Assis, Giovane.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Escárnio Da Dor.

Isso! Vai! Se prenda! Por quem, te faz de cinema,
E depois age sem perdão... Diz que não?!
Indagação em cena, em interpretação,
Veio-me feito um dilema
Tentando encontrar a solução...
Em dramas, deste filme que eu já havia visto.
Sessão “entenda”, na parte do omisso.
Escrevo um poema, e faço do problema,
Uma mera sensação, de que tudo é fantasia,
A poesia, em forma de paixão.
E enquanto isso, empreitava tua sina
Com beijos sórdidos de ilusão
Ganhando tempo, em cima da pávida ação
Que se perdia...enquanto encontrava-te nas mãos
Da escrita que via-te sem nenhuma razão. Só emoção.
O tolo platônico, se fez de esquema
Se fez agônico, por pura diversão
Se pôs antônimo, do que era pena
Pra quem se fez sofreguidão.
O silêncio das estrelas
Se comparado ao seu
Me tortura um pouco mais.
Se te condenas
Não te faças de plebeu
Me mostre do que é capaz.
O cenário preto e branco, já me fez de escuridão
O escárnio de um pranto, fez-me pura excitação.

Assis, Giovane.

Definindo-te.

Com a neblina que inibe está noite
Clareio os temas que perturbam o consciente
Será que é a mente que inferna teu açoite?
Ou será que sente algo mesmo no presente?

E tudo isso que acontece com a gente
É o que desperta a malícia do encanto
Tudo se toca, tão inesperadamente,
Que subitamente vasto-me de qualquer pranto.

E vai pra lá, me deixa assim,
Me dá um par, ou um partir.
E vem pra cá, me faz feliz,
Me faz calar, é tu que diz.

Será o inverso de tudo que se entende
O véspero fardo que te veste em afeto
A razão cega, muda e deficiente
Alienando-me de tudo que é disperso.

O encantamento seguido da paixão
Pode nos levar para o desconhecido
Do que eu julgo algo nada parecido
Com qualquer coisa se prende em tuas mãos.

Se os desalentos se perfumam de carência
E sempre exalam um charme de perdição
Um sentimento que se torna dependência
De algo que é, e sempre será em vão.

Ah! Que sinta algo que te faça imortal.
Ah! Uma vida basta quando se é bem vivida.
Ah! O amor afaga tudo o que te faz real.
Ah! E sempre te cala quando quer que o defina.

Assis, Giovane.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

2012.

Agora vamô vê tudo de novo, quem sabe um dia vai parar
Vendo o mundo feito um aborto, atrasado, o desandar
De tudo aquilo que ainda é desgosto, fúria nula sem falar
Do seu imposto que fura o bolso, putrefato, de falar.

Agora vamô vê o amor de novo, leve, solto a voar
Pra qualquer colo que seja gostoso e que saiba te cuidar
Agora vamô vê quem é que vai, agora vamô vê quem é que vem
Agora vamô vê quem me distraí, E vamô vê quem é que vai além.

2012! O que será que vamos ver?
Terá um monte, de verme e ócio na tv?
2012! O que será que vai haver?
Terá controle, ou terei de me render?

Agora vamô vê a geração, que tipo de roupa eles vão usar?
Qual será o tipo de alienação, que vai prendê-los, retardar?
E será mesmo que não vai parar, com a estupidez da tal consumação
Será que grana é pra se ganhar? Ou pra ganhar o que se tem nas mãos?

Agora vamô vê qual a “caxanga”, que os ladrões vão inventar
Para roubar e depois fazer fama, e os porcos se calar
E vamô vê se eles vão se tocar, quem é que tem que ser levado em cana
Será que vão aliviar os bambas, e prender quem tem há alimentar.

2012! O que será que vamos ter?
Terá a ponte, pra atravessar sem se perder?
2012! O que vamos aprender?
Será de monte, mas nós que temos que querer!

Agora eu quero ver quem vai falar, tentar se expressar sem ser clichê
Eu quero ouvir qual seja a palavra que te leva a fazer
Qualquer tipo de protesto seja lá qual ele for
E se não há nada a protestar, então que expresse o amor.

Assis, Giovane.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Areja-me.

Algo cósmico me rondas
O próprio, trouxe-me tua sombra.

Assis, Giovane.

Encantou-me.

Encanta-me com teu canto
No canto, conto o que me grita
No pranto, escondo o que te quero
Cantou-me os olhos, desta vista.

Assis, Giovane.

Incógnito, Sobriedade Crônica.

Auto-destrução muda, afagou-me em ócio
Percepção absurda, ao ver-me surdo
Coisa aguda do meu mundo
Crônica cura, do meu eu inóspito.
Se existe o amor, te dou o ódio
Me inibe a dor...calo-me sóbrio.

Assis, Giovane.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Flores De Tabu.

Me toquei, toquei-me da sua vida
Te troquei, por um copo de bebida
Me encontrei, pelas portas de saída
Não pensei, não pensei que assim seria.
Me enganei, mas não foi tão ruim
Estou com alguém, que diz que gosta de mim.

Eu ganhei, muito mais que uma amiga
Despertei, todas as formas de poesia
Recitei, o que já não se ouvia
O que sei, mas ainda não conhecia.
O amor, sobrevoava o meu céu
Me encontrou, entre os versos no papel.

Sussurrei, doces frases de malícia
Murmurei ofegante, fantasias
Que armei, em constante companhia
E testei, com carinho e sabedoria.
O seu sabor, é algo fora do comum
Me roubou, feito flor, fez um tabu.

Assis, Giovane.

Calou-te, Tempo!

Veja! Fitou? Sorriu, num simples dia que me mexe
A cena, gravou, permitiu, que eu me lembrasse de tudo em flash.
O instante calado, numa breve imagem do tempo
Sentiu-se ousado, por mostrar-nos de perto.

Assis, Giovane.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Tragou-me, Ócio.

Feliz natal pra mim, vinho, maconha, gim...
Cigarros sem fim, pensamentos ao léu
Vamos degustar o gosto do féu
Diante da ceia de um dia ruim.

Assis, Giovane.

Nevou-me, Ópio.

Nostalgia, agilidade, acelero
Cocaína, velocidade, desespero
O Suicida em meu peito, veneno
Paradigma, suspeito hipertenso.

Assis, Giovane.

Amamento-te.

Não se importas com minha casca, de sorteio?
Então, saboreie o recheio.

Assis, Giovane.

Fechou a Concha, Ficou Na Vaga.

O choro de uma tarde nublada
A poesia pulsa, surda, calada.

Assis, Giovane.

Boêmia Dita, Verso Escrito.

Pulmão cancerígeno, sangue etílico
Padrão prescrito, disse, eu lírico.

Assis, Giovane.

Dia Novo, Toda Vida.

Troquem os calendários, quebrem as matrizes?
Olhe que ordinário, não é como nos dizem...
Tudo está calado, tudo está infame
Fomos sabotados...somos o instante.

Assis, Giovane.

Bigorna, Peneira, Borracha.

Sub
Strato
Do
Perder.
Sobre
O
Fato
De
Vencer.
Tri
Um
Far
Do
De
Querer.
Se
Usa
Do
Meu
Viver.
Me
Des
Faço
Em
Poder.
Pra
Esquecer
- Me
Do
Seu
Ser.

Assis, Giovane.