terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nas Margens.

Tô de "rolê" numa avenida central
E o cheiro da menina logo a frente, encanta-me no sinal
Um índiozinho me puxando, esmolando um real
E a polícia no beco dizendo: Mãos na cabeça, seus "maconheiro", "vamo" dá geral!

Ainda bem que eu tô sempre na minha
Não sou caso de polícia mas não gosto da lei
Mas sou da turma do abraço, paz e harmonia
Não ligo pra fardado, e tenho respeito, veja bem
Não tenho preconceitos, mas me olham de baixo à cima
Por favor! Sou ser humano bixo como vocês!

Mas, olhe aquela senhora ali
Parecendo uma árvore de natal
Com tanta bugiganga assim
Tiraria do sufoco um pobre marginal
Senhora pare de me fitar, por favor
Com esses seus olhos pobres de superioridade moral.

Mas, "não amarga marginal,
Defende o teu pão no pau
Repousa tua fantasia no mal
Ama o teu destino como tal!"

AH! Pra você que está sempre ao léu
Nas margens dessa sociedade cruel
Com a alma marginalizada, por todo ódio
Desonra, fibra moral desmoralizada
Não deixem cair em escuridão
Todo sub-mundo tem sua razão
Espero que encontre sua morada
Toda minoria junta, pode vir à ser uma "câmbada"
Pois pra você que não faz parte de nenhuma pátria
E que quer liberdade de expressão
Levante a cabeça e siga sem pensar em nada
Que não te agrada e que te leva a desilusão
Pense sempre nas coisas boas da vida
E leve dela toda a satisfação
De uma longa estrada percorrida
Com lucidez, coragem, alto percepção
E não desatina, siga em frente com a sua sina
E que caia o mundo sobre as nossas mãos
Porque iremos segurar!

Assis, Giovane.

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