sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Dose Amarga.

A cada beijo de copos, uma parada para pitar
A cada aceso, te sopro, uma fumaça pra suspirar
A cada medo, redobro, a dose amarga, pra afogar
Meu zelo, vendo meus olhos, não vejo marca, para usar.

Doses de desapegos, por favor
Eu peço arrego, me vê o veneno, que faz calor!
Um teco de sossego, e um espelho, para ti
Ver-te sobre os erros, não é segredo, para mim.

À cada selo, desdobro, as belas cartas que escrevi
Então releio, e corto, fumo as palavras que só eu li
No meu rebento, acordo, mato a garrafa pra concluir
Tiro o relento, me solto, pra madrugada, ou por aí!

No teu silêncio, concordo, então à esmo vou o fazer
Saio do acerco, te jogo, aonde o vento te receber
Não quer apego? Me importo, pois sou daqueles que querem ter
Se é um erro, recordo, as tantas vezes que quis querer.

Fases decaído, por meras ilusões
O vício e o abismo, não sopram corações
Sinto meus sentidos, sensivelmente sãs
Mas estou indeciso, por qual parte da maçã
Devo começar, a me deliciar da pura ostentação
Pra me acabar, sem mesmo me tocar, se há podridão
Mas espero que não, venha em minha boca
Sabor decepção, nem sede à conta gotas
E se não vir, eu como até o talo
No amargo, do que eu quis
Deleito-me calado.

Assis, Giovane.

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