sábado, 16 de julho de 2011

O Conto Do Poeta.

Trancafiado dentro de quatro paredes
Ele cortava a pele feito pão
Destribuindo teus sorrisos descontentes
Tomando doses de alcatrão
As vezes se via por aí...
Sempre olhando para o chão
Quando parava, sentava em uma praça
Com a sua amiga solidão
E quando não ele acendia um cigarro
E um baseado pra aliviar a pressão
E refletia sobre a vida de escasso
O embaraço de uma vida sem paixão
E levantava e ia andando sem uma meta
Se perguntando se existia uma razão
Comendo a lua com teus olhos de poeta
Sacando tudo como: Olhos de um cristão.
E concluia que sua vida era uma merda
E caia novamente em depressão.

Trancafiado dentro de quatro paredes
Denovo estava ele com a faca em suas mãos
Abrindo os pulsos como se abrem os peixes
E os teus olhos demonstravam perdição
De uma mente num estado decadente
De pura lucidez e alto conformação
Porque sabia da atitude inconsequente
E prepotente aos olhos da razão.

Mas derrepente, um telefone insolente
Tocou seu consciente e também seu coração
Já que ninguém ligava mais pra ele
Nestes dias frios de verão
Mas decidiu esperar tocar mais vezes
E o telefone se calou em solidão
E por intantes confirmou o que estava em mente:
- Eu tinha razão, pura enganação!
Mas de insolente se tornou meio insistente
E ele não aguentou e foi naquela direção
E por acaso, destino e outras vertentes
Era uma grande e antiga paixão
Surpreso sem saber o que fazer
Pegou toalhas e limpou as suas mãos
Avermelhadas com o tal licor da vida
Que de tanta ferida se tornou escuridão
Enrolou tudo em teus pulsos que havia
Um sentimento mútuo com sua degradação
E atendestes com aquela voz fria
Que de tão fria congelou a ligação
Um balde de água fria na malícia do perdão
Que acordou todo arrependimento
De todo sofrimento que havia sido em vão
Se lembrando dos momentos de alegria
Ao lado de sua querida e de seu querido cão
Que pra ajudar no meio deste furacão
Foi envenenado e jogado no lixão
Mas derrepente, no meio do silêncio
Ela solta um olá! Que veio como um "surdão"
Bem inocente com um ar doce de saudade
Sexualidade com um charme de tesão
Inconsequente com um ar adolescente
Foi recitando poesias, afim de tocar seu coração
Dizendo sempre o que ela queria
Ouvir, pensar, sentir, e certidão...
De um casamento que citou em seu refrão
Que dizia bem assim: "- Casa comigo meu amor
Minha querida, acaba com minha agonia
Seja meu calor, meu ópio, minha fantasia
De um amor honesto como poesia."
E logo em seguida marcou um encontro
Sem mesmo ouvir o que ela tinha a dizer:
"- Vamos nos reencontrar, no mesmo ponto,
No mesmo lugar, naquele monte, que há uma pedra,
Onde namorávamos ao luar, ao som do meu violão,
Ao cheiro natural no ar, aos beijos de paixão,
Das carícias de amar, aos sussurros de perdição,
Das palavras de sonhar.

... (Continua)

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