E enquanto destilavas a poesia
Deleitei-me de insônia
Tu pensavas que eu dormia
E eu pensava em ti na cama
Onde estavas teu divino
Divino canto jus ao signo
Que entrelaça agora ao meu
Canto nobre em teus ouvidos.
E eu vi que mordiscava tua boca
Qual será a vontade louca
Que estas a me pensar.
E eu vi, não era pouca
Platonismo em cor fosca
Me fez recuar.
Meu solo é teu, aqui e agora
Se percebeu, perceba a hora
Chegou o adeus, eu vou embora
Mas não acaba aqui. E não acaba assim.
E está tormenta me assombra
Mais aumenta a tua sombra
Areja-me.
Me faz perder a conta
De quantas taças eu bebi
Pois da mesma garrafa
Acompanhou-me
“Num brinde ao encontro d’almas.”
Assis, Giovane.
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